22 jul 2020

Guia da masturbação feminina: um manual completo pra se divertir “solita”!

Nós, mulheres, somos abençoadas! A gente não só tem dois tipos de orgasmos (vaginal e clitoriano), como atingimos orgasmos múltiplos e também a ejaculação feminina. É muita potência, amigas! Nem sempre nós conseguimos alcançar tudo isso no sexo, afinal, dependemos de um ritmo todo particular, do sentimento, do comprometimento do parceiro(a)… Mas o céu é o limite quando ficamos sozinha entre quatro paredes. A masturbação pode ser a fonte do mais puro prazer, isso sem contar que nos faz conhecer melhor o nosso corpo!

Para fazer um verdadeiro guia da masturbação feminina, nós consultamos Enylda Motta, psicóloga especialista em Sexologia Humana pela USP. É ela quem nos fala sobre as regras e as dicas para aquele momento tão íntimo, particular e maravilhoso. Vem ver:

1. Não pense

Segundo Enylda, a regra número um é não se masturbar com culpa – não há nada, absolutamente nada, em buscar prazer consigo mesma. Essa culpa atrapalha e cria um muro entre nós e o nosso próprio corpo. “A maior dificuldade na masturbação feminina está dentro da própria mulher, na cabeça. Culturalmente, as mulheres foram criadas para não se tocar e isso influencia nessas horas”.

A dica é encher a sua mente com imagens sexuais. “Para aquelas que não se masturbam, o conselho é pensar e pesquisar sobre (surpresa!) sexo”. Quem já pratica deve se entregar ao momento. “Sinta, busque o prazer e, claro, explore o corpo.”

2. Não tenha pressa

Assim como no sexo, a masturbação exige etapas para chegarmos ao clímax. Se na transa precisamos nos sentir à vontade para começar a subir os degraus do orgasmo, o mesmo vale para a masturbação. É por isso que toda fantasia e estímulo são muito bem-vindos, obrigada!

Outra dica da sexóloga é não acelerar os movimentos da masturbação logo no início já que, assim como no sexo, as preliminares são muito importantes. Se você não estiver lubrificada, é preciso gerar estímulo para que o prazer aconteça. “Para o corpo funcionar é necessário estimular a cabeça, o cérebro, ou seja, fantasiar é necessário e faz bem. Tem que aliar o físico e o psicológico”, avisa. Portanto, além de se livrar da culpa, não pense em momentos desagradáveis, como solidão ou contas a pagar… O ideal é deixar o pensamento positivo tomar conta.

3. Mas onde toco?

Uma coisa é básica, migs, não é somente ! Aliás, a sugestão de Enylda é nunca começar pelo toque direto no clitóris ou na vagina. “Explore seu corpo. Passe as mãos na nuca, nos seios, pernas, nádegas, até chegar na vagina.”  Agora, o momento para ir para as regiões baixas é depois de sentir algum prazer em seu corpo. “Quando chegar, comece a se tocar sem ter que gozar, para estimular e explorar. Passe as mãos pelos grandes lábios, pequenos lábios, na vagina e no clitóris”.

4. Vibradores e “otras cositas más”

Quem gosta de vibrador também pode brincar com ele nessas áreas prazerosas. “Tudo que for acrescentar prazer a mulher é válido. O mercado erótico é imenso, há produtos bons e outros nem tanto, busque sempre o selo do Inmetro.”

Algumas mulheres optam por lubrificantes. Não há problema algum se você escolher um à base de água, ele vai facilitar a estimulação e a penetração. Mas a psicóloga aconselha a tentar da forma natural antes: “quando a mulher se toca, calmamente, sem pressa para acabar, a lubrificação natural acontece, muitas vezes até mesmo na pressa”.

5. Aposte no estímulo visual

Como já dissemos anteriormente, o prazer de cada um é muito particular. Algumas mulheres gostam de assistir cenas sensuais, se imaginar com personagens; outras curtem brincar de striptease em frente ao espelho ou mesmo assistir filmes pornô (aliás, há um braço da indústria feito exclusivamente para mulheres). E vale tudo isso na hora da masturbação! Você precisa encontrar qual é a sua turma (ou turmas!).

Porém, fica o aviso de Enylda para quem utiliza de filmes em excesso: “Depois de um tempo pode ser que não consiga mais fazer sexo ou masturbar sem ele. O ideal é criar fantasias na própria cabeça”.

6. Deixe acontecer naturalmente…

Não se cobre pelo tempo até a chegada do orgasmo. Isso só vai atrapalhar o seu percurso. Segundo a especialista, não existe um tempo máximo para chegar ao ápice, existe o tanto que foi estimulada e que a mulher está entregue a esse momento. “Quanto mais relaxada, mais a vontade, mais tranquila, mais facilmente chegará lá. O tempo deve ser deixado de lado”.

Inclusive, o ideal é não ficar tentando ter um orgasmo. Isso só vai atrapalhar o seu percurso. Segundo a especialista, não existe um tempo máximo para chegar ao ápice, existe o tanto que foi estimulada e que a mulher está entregue a esse momento. “Quanto mais relaxada, mais a vontade, mais tranquila, mais facilmente chegará lá. O tempo deve ser deixado de lado”. Por fim, crie um ambiente calmo e aconchegante! Vai te ajudar a ficar tranquila, sem pressão ou pressa. Portanto, coloque uma boa música e faça seu momento, não fique esperando a vontade bater. “Ao criar o momento, novas descobertas podem surgir.”